Mestre Zé do Pife é pernambucano de São José do Egito. Filho de agricultores, conheceu as bandas de pife em sua cidade natal quando era muito pequeno. O encanto com o instrumento se tornou então missão de vida: "não deixar as bandas de pife acabar". Hoje, com seus 81 anos de existência nesta terra, pode afirmar, em sua estrada de artista, que tem muito o que contar: É pifeiro, tocador, professor, compositor de versos e aboios de vaqueiros e artesão de pife. Por 40 anos viveu entre o Distrito Federal e São José do Egito, onde iniciou dezenas de aprendizes na arte de tocar pife e outros instrumentos que compõem as bandas cabaçais. As habilidades com o instrumento o fazem ser conhecido como um dos pifeiros mais respeitados do Brasil.
Caracol, pifeira e produtora brasiliense, dedica sua arte à celebração e à continuidade da cultura das bandas de pife no DF. Seu encontro com o instrumento se deu em 2015, pelas mãos do Mestre Zé do Pife, e marcou o início de uma jornada musical. Assim, em 2019, fundou o coletivo Pitoco de Bambu, com o intuito de perpetuar a tradição das bandas cabaçais, projeto que se expandiu para um Bloco de Pife que pulsa no coração do Distrito Federal, unindo pessoas de diversas origens em torno do legado de Seu Zé: "não deixar as bandas de pife acabar". Como produtora cultural, Caracol elabora e coordena projetos onde o pife é a figura protagonista.
é um coletivo artístico cultural e Educativo, brasiliense que nasceu inspirado nas encantarias da cultura popular brasileira e na missão do pifeiro pernambucano Mestre Zé do Pife de “não deixar as banda de pife acabar”. O grupo tem como compromisso preservar e difundir a rica tradição musical do pife, um instrumento emblemático da cultura nordestina brasileira, celebrando e honrando a herança cultural por meio de projetos, oficinas, cortejos e apresentações com performances vibrantes e envolventes, levando o som do pife a diversos públicos e espaços. Seu objetivo é promover a inclusão social e a valorização da cultura popular, proporcionando oportunidades de aprendizado e expressão artística para pessoas de todas as idades e origens, acreditando no poder transformador da música e em seu papel vital na construção de uma sociedade mais inclusiva e conectada.
Também conhecido como Igu do Pife ou Igor Machado, é músico, compositor, poeta, ator-brincante, luthier, educador musical e produtor cultural. Iniciou sua trajetória em 2016 nas oficinas com o Mestre Zé do Pife, imergindo no universo das Culturas Populares e Tradicionais Brasileiras. Desde então, vem se destacando como pesquisador e praticante de manifestações como o pífano, percussão popular, teatro de mamulengo e dança, além de ser um entusiasta da arte de rua e brincadeiras tradicionais. É fundador do duo PifaPandeiro, coletivo que promove oficinas de toques e confecção de pífanos, cortejos e apresentações em ruas, festivais e espaços culturais. Também é idealizador do grupo Cerradims, que integra música, dança e conscientização ambiental fortalecendo as raízes culturais do Cerrado. Como produtor cultural, desenvolve projetos para a descentralização da arte no DF, promovendo encontros e eventos que celebram a cultura popular brasileira através de seu coletivo Pequi Pimenta e em parcerias com outros pontos e grupos de cultura.
Pedro Tupã é músico e arte-educador cuja trajetória reúne a vivência ancestral com a formação acadêmica e a paixão pelo ensino da música. Filho do percussionista e compositor Sérgio Boré, iniciou na percussão ainda na infância, aprendendo diretamente com o pai fundamentos da percussão. Formado em Música pela Universidade de Brasília (UnB), iniciou sua atuação como educador em projetos sociais e de extensão universitária. Desde então, tem se dedicado à pesquisa de ritmos e instrumentos de percussão, integrando com versatilidade grupos de cultura popular, teatro e música. Atuou como professor de percussão em diversas instituições e iniciativas sociais do Distrito Federal, utilizando a música como ferramenta de inclusão, expressão e identidade. No palco, Pedro Tupã transforma sua trajetória em som — maracatu, ijexá, samba, baião e outros ritmos brasileiros dialogam com a música contemporânea e o universo cênico. Atualmente integra o grupo cultural Pé de Cerrado, a Agrupação Teatral Amacaca e a banda de pífanos Ventoinha de Canudo.
Joaley de Almeida Lemos, se iniciou no teatro amador com Celeiro das Antas (2003), estudou o palhaço no Galpão do Riso, deu um pulo fora com Lá Casa Incierta (Espanha), deu voltas pelo Brasil apresentando com o Mamulengo Presepada. Vivenciou grupos como Carroça de Mamulengos, Boi Marinho-PE, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. Teve vivências com mestres brincantes como Agnaldo Silva (Cavalo Marinho) e Família Salustiano (Maracatu Rural). Criou o grupo Terreirada Divina, montando os espetáculos Baiano pra Mamulengo e Boi Guerreiro.
Dani Neri é atriz, musicista, brincante, arte-educadora e produtora cultural de Brasília, com mais de 25 anos de atuação nas artes. Sua trajetória é marcada pela integração entre teatro, música, dança e cultura popular, com foco nas expressividades corporais e na arte como instrumento de transformação social. Integrante da Agrupação Teatral AMACACA, grupo de relevância na cena cultural do DF, Dani também fundou a banda de pífanos Ventoinha de Canudos, ícone do carnaval de rua brasiliense desde 2004. Além de atuar, dirige e produz espetáculos e projetos de arte-educação voltados a diferentes públicos, incluindo grupos em situação de vulnerabilidade. Em 2020 foi uma das artistas premiadas no Cultura Brasília 60, na categoria Gestão, Pesquisa e Capacitação pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.